O feliz reencontro de Pingo com Oliveira no CEPREAD

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Separados há três meses, o reencontro do guarda municipal Donizete Oliveira e do cachorro Pingo foi um capítulo marcante na história do Centro de Prevenção e Recuperação de Animais Domésticos (Cepread), em Blumenau. O relato é do diretor de Bem Estar Animal, Eliomar Russi, que acompanhou desde o resgate e das feiras de adoção que o cãozinho, até então chamado de Rex, participou até a volta para casa, no bairro Fortaleza, na última terça-feira.

Nascido em Itajaí, Pingo foi entregue aos cuidados do guarda municipal Oliveira ainda filhote, há 11 anos. Prometido como Pinscher, o cãozinho, que mais tarde se tornaria blumenauense, era na verdade um vira-lata simpático. Já em Blumenau, Pingo foi deixado aos cuidados da ex-mulher de Oliveira no bairro Fortaleza. Acostumado a andar sem guia, Pingo desapareceu em março. Oliveira conta que durante dias buscou pelo animal de estimação:

— Fomos até a Rua da Coca, pedimos para os vizinhos, mas nada de ele aparecer. Ele dava as escapadas dele, mas sempre voltava.

O guarda não sabia, mas o pequeno Pingo tinha andando mais de seis quilômetros desde a Rua Francisco Vahldieck, na Fortaleza, até a Rua 7 de Setembro, no Centro, quando foi atropelado. Resgatado pela equipe do Centro de Prevenção e Recuperação de Animais Domésticos (Cepread) no dia 23 de abril, o cachorro se recuperou e, apesar de ter ficado manco, estava pronto para ser adotado.

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— Era até uma situação triste, pois esperávamos que ele fosse adotado logo, mas não aconteceu — lembra o diretor de Bem Estar Animal.

O destino de Pingo estava prestes a mudar e, o que era para ser uma simples visita dos guardas ao Cepread, terminou em um reencontro emocionante quando o cão reconheceu o dono.

— Foi o Pingo que me encontrou e não eu que encontrei o Pingo. Eu nem esperava mais achar ele vivo depois de tanto tempo. Pensei que ele tinha ido para o céu dos cachorros — conta Oliveira.

Enfermeiro do Cepread, Jovaldo Silveira conta que os cães prontos para adoção são soltos quando alguém vem visitar o centro. Segundo ele, a tática serve para acalmar os animais e mostrar para as pessoas que eles são sociáveis:

— Quando o Oliveira entrou no corredor das baias, o Rex, que na verdade é o Pingo, ficou enlouquecido. Nunca tinha visto ele daquele jeito. Foi quando o Oliveira reconheceu ele e o Pingo teve um final feliz.

Oliveira, que também é dono de outra cachorra, garantiu que de agora em diante o Pingo não vai mais sair sozinho.

Cão-guia se joga na frente de ônibus e salva vida de mulher cega nos EUA

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A frase “o cão é o melhor amigo do homem” nunca fez tanto sentido como nesta última segunda-feira (8). Quando atravessava uma rua em Brewster, no estado norte-americano de Nova York, Audrey Stone, que é cega, foi salva pelo seu cão-guia, Figo. O animal se jogou na frente de um ônibus após o motorista não perceber a presença dos dois na pista.

“O cachorro aguentou boa parte do impacto”, disse o chefe da polícia local, John Del Gardo. ele não queria sair do lado de sua dona. Ele permaneceu com ela, estava lá para salvá-la”, continuou o oficial.

O motorista do ônibus afirmou não ter visto a mulher e seu cão atravessando a rua. Os ocupantes do veículo, duas crianças, não sofreram ferimentos. Ele deverá receber uma intimação por ter causado o acidente.

Em entrevista à imprensa local, Paul Schwartz, administrador de um posto de gasolina próximo do acidente, afirmou que o animal esbanjou calma enquanto recebia tratamento. “O cão não queria sair do lado da dona”, disse. “Ele estava se debatendo sobre ela, e ela não queria que ele afastasse também. Ela continuou gritando o nome de Figo. Ele nos deixou enfaixar a perna sem qualquer problema. Ele não estava latindo, chorando ou gritando”, disse.
Figo não acompanhou sua dona na ambulância e foi levado para um veterinário, onde passou por uma cirurgia na pata após sofrer um corte profundo. Já Audrey sofreu fraturas no tornezelo, cotovelo e costelas e permanece internada em um hospital de Connecticut.

“Ele merece uma medalha do presidente Obama”, disse Audrey, enquanto se recupera. “Ele me protege, me ama e eu retribuo tudo isso. Temos uma forte conexão”, disse a norte-americana que possui visão limitada.

O animal, que agora é tratado como herói na região, vai permanecer no hospital veterinário até que sua dona seja capaz de voltar a cuidá-lo.

Os 10 estados onde os brasileiros mais gostam de cachorros

size_810_16_9_Cão_cachorro_bicho_bicho_de_estimaçãoOnde estão os bichos de estimação no país

São Paulo – Os brasileiros gostam mais de cachorros que de gatos. Em todo o país, 44,3% dos domicílios têm ao menos um cão, enquanto 17,7% possuem bichanos. A constatação é de uma pesquisa do IBGE divulgada ontem.

O levantamento também mostra os dados para cada estado. Os paranaenses, por exemplo, são os mais amigos dos cães. Naquele estado, nada menos que 60,1% das casas possuem um amigo fiel.

No entanto, eles não são muito cuidadosos com a saúde de seus animais. Segundo o IBGE, só 65% das casas com bichos tinham todos os mascotes vacinados contra a raiva. A média nacional é de 75,4%.

Clique nas fotos acima para ver quais são os 10 estados onde há mais cachorros. Também estão disponíveis os número de gatos nesses estados e as informações sobre vacinação. Os dados são da Pesquisa Nacional de Saúde 2013.

CONFIRA A LISTA:

1 – Paraná – 60,1% das casas têm cachorro
2 – Rio Grande do Sul – 59,2% das casas têm cachorro
3 – Mato Grosso – 56,2% das casas têm cachorro
4 – Rondônia – 56,2% das casas têm cachorro
5 – Acre – 55,9% das casas têm cachorro
6 – Santa Catarina – 55,3% das casas têm cachorro
7 – Mato Grosso do Sul – 54,9% das casas têm cachorro
8 – Roraima – 53,9% das casas têm cachorro
9 – Goiás – 52,1% das casas têm cachorro
10 – Pará – 48,8% das casas têm cachorro

FONTE: EXAME

19 coisas que aprendemos com os cães

Os cachorros tem um modo de viver realmente invejável. Todo mundo sabe que eles aproveitam a vida ao máximo e não se preocupam com o futuro, está aí o segredo da felicidade.
Resolvemos listar tudo que um cachorro tem pra nos ensinar sobre a arte de viver.
Prepare-se pra uma lição de vida. E aí, você está disposto a viver melhor?

1. Esqueça fazer tudo ao mesmo tempolicao-1
Quando um cachorro está fazendo alguma coisa, eles não dividem a atenção. As pessoas deviam fazer o mesmo. Pesquisadores da Universidade de Stanford descobriram que a atenção e a memória ficam muito prejudicadas naquelas pessoas que fazem tudo ao mesmo tempo.

2. Tire sonecas
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Um cachorro não passa o dia todo acordado. Existem evidências que mostram que os humanos também deveriam tirar uma sonequinha de vez em quando. Um estudo envolvendo 24.000 pessoas indicou que quem tira sonecas no meio do dia tem 37% menos chances de morrer de um problema no coração. Sonecas curtas também aumentam a performance no trabalho.

3. Caminhe todos os dias
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Fazer caminhadas regulares além de queimar calorias, melhora a performance do seu coração. Veja os benefícios da caminhada diária:
– Combate a depressão
– Perda de peso
– Diminui os riscos de diabetes tipo 2
– Mantém os ossos fortes
– É bom pra mente

4. Cultive amizades
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Pessoas são animais sociais e a amizade tem diversos benefícios pra saúde. Pesquisadores na Austrália acompanharam 1.500 pessoas idosas por 10 anos. Aqueles com mais amigos eram 22% menos propensos a morrer do que aqueles com menos amigos.

5. Viva o momento
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Viver o momento pode ser a maior lição que aprendemos com nossos cães. Seu cachorro não pensa no passado e não pensa no futuro (já viu um cachorro com insônia?). Ele acorda, alimenta-se, brinca, passeia, dorme. Cada momento pra um cachorro é um momento especial em sua vida. Por que você não faz o mesmo?

6. Não guarde rancor
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“Um cão é aquele animal que lambe a sua cara mesmo você tendo deixado ele sozinho o dia todo”. Cães não guardam rancor. Não ficam chateados por nossas ações passadas. Os cães PERDOAM. Podemos brigar com eles, deixá-los sozinhos, ignorá-los. Mas formos brincar com eles, eles estarão prontos para nos receber e nos amar. Cientistas descobriram que o perdão ajuda a diminuir a pressão e reduzir a ansiedade. Além disso, pessoas que perdoam costumam ter uma auto-estima mais alta.

7.Alegre-se!
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Ok, você pode não ter um rabo pra abanar, mas você pode sorrir e ter uma atitude alegre e positiva todos os dias. Seja grato pela vida que você tem. Acorde todos os dias feliz por estar vivo, isso é o suficiente. Os problemas vão passar, todos eles passam.

8. Seja sempre curioso
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Existe uma frase chamada “a curiosidade matou o gato”. Mas isso não se aplica às pessoas. Pesquisadores descobriram que as pessoas mais curiosas costumam ter mais consciência do sentido de suas vidas. Outros estudos mostram que a curiosidade está ligada ao bem-estar psicológico e o aprimoramento do conhecimento e das habilidades pessoais.

9. Seja bobo!
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Ter um bom senso de humor pode te trazer vários benefícios pra sua saúde. Cardiologistas da Universidade de Maryland descobriram que quem tem um bom senso de humor costumam ter corações mais saudáveis. Existem cães mais sérios e cães mais brincalhões, mas todos eles tem momentos de pura bobeira. Aprenda com eles. :)

10. Uma massagem sempre cai bem

O poder do toque é impressionante. A Universidade de Medicina Miami Miller descobriu que a massagem pode aliviar dor, aumentar o poder do sistema imunológico e melhorar doenças crônicas como asma e diabetes. O toque de uma pessoa amada pode ser ainda mais poderoso! Em um estudo, mulheres casadas ficaram menos ansiosas quando submetidas a um choque elétrico quando seguravam as mãos dos seus maridos.

11. Beba água sempre
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Os benefícios da água são inúmeros. A maioria das pessoas sabe que temos que beber 2 litros de água por dia. Quando estamos com sede, já é tarde, significa que o corpo já está precisando da água. Um cão bebe água toda hora. Ele bebe água quando acorda, depois de comer, depois de dormir à tarde…

12. Se você ama alguém, demonstre
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Os cachorros não fazem joguinhos emocionais. Quando um cachorro gosta de alguém, ele mostra isso de vários jeitos. Ninguém pode adivinhar o que você sente se você não demonstrar.

 13. Brinque
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Brincar não é apenas pra crianças e filhotes. Stuart Brown em seu livro “Brinque” (Play), afirma que brincar é uma necessidade básica junto com dormir e comer. Brincar melhora a inteligência, criatividade, resolução de problemas e capacidades sociais. Aprenda com seu cachorro: dedique-se a alguma atividade que não tenha nenhum propósito além da diversão.

 14. Aproveite o ar livre
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Uma caminhada pelo campo pode até ser o passeio ideal pra um cachorro, mas também tem muitos benefícios para nossa mente e corpo. Fazer atividades ao ar livre aumenta a disposição, os níveis de vitamina D e reduz o estresse. Que tal unir tudo isso e fazer uma atividade ao ar livre junto com o seu cachorro? Ele vai amar e você também.

 

15. Cuide-se

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Cuidar-se ajuda a elevar a auto-estima e uma auto-estima alta muda completamente a sua forma de ver o mundo e a forma do mundo ver você. Mantenha seu cabelo cortado, cuide dos pêlos do seu corpo, corte as unhas. Você vai ver como isso vai levantar o seu astral.

16. Preste atenção na linguagem corporal

Os cães são excelentes em saber a intenção dos outros através da linguagem corporal. Humanos, nem tanto. Vários livros já foram escritos sobre a importância da leitura da linguagem corporal: “Decifrar Pessoas”, “O Corpo Fala”. Que tal ler um deles e aprender o que os outros dizem a você sem palavras?

 

17. Espreguice-se sempre!

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Espreguiçar-se vai deixar você mais alongado e ágil, mas não para por aí. Em um estudo de 10 semanas, voluntários que não fizeram nenhum exercício além de se alongar experimentaram mudanças físicas surpreendentes. Além de melhorar a flexibilidade, eles aumentaram a força muscular, poder e resistência. Observe seu cachorro. Ele está sempre se alongando e se espreguiçando.

18. Procure sempre a sombra
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Quando os cães escolhem um lugar pra descansar e relaxar, normalmente é na sombra (tirando aquele solzinho gostoso da manhã). Os dermatologistas recomendam que você não se exponha ao sol entre 10:00 e 16:00, além de usar filtro solar todos os dias, inclusive na sombra.
19. Mantenha uma rotina
Os cães gostam da segurança e da constância da rotina. Já falamos aqui no site sobre a importância de estabelecer uma rotina pro cachorro. As pessoas costumam dormir melhor quando elas dormem e acordam sempre no mesmo horário, inclusive aos fins de semana. Manter uma rotina para tomar banho, se vestir e comer também melhoram a qualidade do sono, segundo cientistas.

Fonte: Tudo Sobre Cachorros

Em caso raro, cadela dá à luz 16 dálmatas em Três Corações, MG

Trabalho de parto levou 11 horas e família da ‘Céu’ precisou ajudar.
Donos disseram que vão vender filhotinhos depois que eles desmamarem.

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Um caso raro. Assim pode ser descrito o parto de uma cadela da raça dálmata que ganhou 16 filhotinhos em Três Corações (MG). Até os donos do animal ajudaram no parto e agora toda a família se reveza para arrumar os cachorrinhos na hora de mamar.
Segundo a veterinária Fabiana Pinna, o número de filhotes gerados pela cadela é incomum. O recorde é de uma dálmata que gerou 18 filhotes em 2011 no Reino Unido. Em 2014, outra dálmata de Três Corações teve 15 cachorrinhos.
“É muito interessante porque o normal de cria é até 10 cães. Acima desse número, a gente considera que é uma ninhada diferenciada”, explicou a veterinária.

Parto durou 11h
Céu, como a super mamãe é chamada, entrou em trabalho de parto no dia 13 de maio. Pelo tamanho da barriga, a família sabia que a cria seria grande, mas ninguém esperava 16 pequenos dálmatas. Foram 11h de parto. Os cachorrinhos começaram a nascer às 5h30 e o trabalho só terminou às 16h30. A família se revezou para ajudar a mamãe.
“Foi muita surpresa. Eu fui trabalhar e minha mãe avisou que tinham nascido dois”, contou o mecânico Rafael Guilharducci. “Eu saí do serviço correndo, voltei e ajudei a tirar os filhotinhos, a limpar. Foi um atrás do outro”.
Mas a maratona não terminou com o nascimento dos cachorrinhos. Criatividade e disposição se tornaram palavras de ordem para a família que usou um beliche para improvisar a cama dos filhotes.
Rafael conta que o local onde os 16 pequenos dálmatas dormem foi colocado em um quartinho e os familiares passaram a se revezar para ajudar com a amamentação. “Cada dia era um que dormia no quartinho”, disse Rafael. “Colocávamos 5 em cada bacia que arrumamos e esperávamos para mamar. Íamos trocando, porque eles mamam a cada 2 horas.”
Essa rotina deve se repetir durante cerca de 30 dias, até que os filhotes desmamem. A intenção da família de Céu é vender os cachorrinhos, uma vez que na casa já vivem outros dois cães.

FONTE: G1

Estudos comprovam que animais trazem benefícios a idosos

Muitas pessoas têm o conhecimento de que a presença dos animais de estimação pode ajudar as crianças em seu crescimento. Entretanto, o que poucos sabem é que os bichinhos também trazem grandes benefícios, psicológicos e físicos, para os idosos.

Foi feita uma avaliação na revista americana U.S.News & World Report de 25 estudos que observaram os efeitos dos animais domésticos em pessoas da terceira idade que vivem em casas de repouso.

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Resultado:

– Os velhinhos expostos a animais domésticos consistentemente sorriram mais e se tornaram sensivelmente mais alertas do que aqueles que não se encontram com os animais.

– Os animais ajudaram a normalizar o ambiente. Os idosos ficaram mais à vontade e se sentiram mais “em casa”.

Incrível como o simples contato com os bichinhos pode trazer tanta coisa boa, né?

Fonte: http://bit.ly/Rp3mMJ

Cachorro ao perceber que outros animais passavam fome, fez algo inimaginável, descubra o que ele fez!

Para nós obtermos o pão nosso de cada dia, é algo que exige muito trabalho, esforço e dedicação para recebermos em troca um dinheiro para suprir as nossas necessidades básicas.

Esclarecimento: Nós recebemos algumas mensagens de leitores que conhecem a família da Lilica e nos informaram que os donos dela não passam fome, que ela somente ia buscar alimentos para outros animais. Mas mesmo assim o que ela faz é um gesto lindo! Não acham? :)

12 imagens mostram a diferença dos cães antes e depois de serem adotados

Before N After Adoption é uma página dedicada a compartilhar fotos de animais antes e depois de serem adotados . As imagens mostram cães que foram abandonados e a sua situação anterior, logo em seguida as novas fotos mostram o tamanho da felicidade e bem estar que eles ficaram depois da adoção.

Os dois permanecem unidos, só que agora em um lugar melhor!
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Dono engana cão mudando tamanho da caixa de papelão e vídeo se torna viral na web

Nós sabemos que os gatinhos amam se enfiar em caixas apertadas, mas não são somente eles que possuem gosto pela coisa. Isso porque um cão provou que as caixinhas de papelão o atraem – e muito.

Um vídeo se tornou viral na internet após flagrar o amor de um cão por uma caixa de papelão.

Na verdade, não importa a caixa ou o tamanho dela, o que vale é tentar caber na mesma.

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No vídeo o dono do animal usa três caixas de diferentes tamanhos para provar que o cão ama entrar dentro delas.

Cães deixam ‘corredor da morte’ e ganham vida nova como seguranças

Canil em Ribeirão Preto reabilita animais ‘condenados’ por histórico violento.
Recuperados, eles ganham trabalho como vigilantes de quatro patas.

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Quando cães de grande porte se tornam excessivamente agressivos passam a ser um problema nas vidas de muitos donos. Para alguns deles, a saída encontrada pode ser radical, chegando ao ponto de procurar um centro de controle de zoonoses ou uma clínica especializada para sacrificar o animal. Entretanto, em um canil em Ribeirão Preto (SP), um trabalho baseado na paciência e na disciplina tem conseguido livrar cachorros com características violentas da morte. Reabilitados, eles ganham uma nova chance e conquistam até mesmo uma oportunidade no mercado de trabalho.
O responsável por salvar os bichos do ‘corredor da morte’ é o adestrador Sérgio Cantadeiro, de 39 anos. Dono do canil, ele afirma que ao menos 11 cachorros de raças como pitbull, pastor belga malinois, pastor alemão, fila brasileiro e rottweiler, que estavam prestes a dar adeus à vida, já foram reabilitados e, atualmente, trabalham como seguranças noturnos em construções, empresas e imóveis residenciais desocupados. “Eles não são assassinos”, diz.

A relação de Cantadeiro com animais começou há 20 anos, quando ele se mudou de Bauru (SP) para Barretos (SP). Ele diz que procurou a polícia na cidade para treinar um rottweiler que havia comprado. “Eles [policiais] perguntaram se eu queria ser cobaia. Perguntei o que era isso, e eles disseram ‘tomar mordidas dos cães’. Eu falei que queria só que, em contrapartida, eles deveriam me ensinar a adestrar'”.
Dali em diante, Cantadeiro começou a treinar os cachorros dos amigos, até transformar a paixão pelos cães em profissão, que exigiu cursos no Brasil e no exterior.
O adestrador conta que, na maioria das vezes, os cachorros com histórico de agressividade chegam ao canil por indicação de profissionais da área veterinária ou são levados diretamente pelos donos. Segundo ele, a procura acontece principalmente quando as pessoas que convivem com os cães não conseguem mais realizar tarefas simples, como dar banho, alimentá-los ou trocar a água.

É o caso do rotweiller Bruce, hoje com 5 anos. O especialista conta que foi procurado por uma funcionária do Centro de Controle de Zoonoses de Araraquara (SP). Ele lembra que ela queria saber se ele tinha interesse em adotar o macho, que chegou ao departamento para ser sacrificado porque os donos não conseguiam mais cuidar dele.
Por causa da extrema agressividade, Bruce foi transportado sedado de Araraquara para Ribeirão Preto. Após os primeiros treinamentos deu sinais de que a agressividade era adquirida. “Fazia quatro meses que ninguém tocava nesse cão. No dia seguinte, eu tirei uma foto abraçado com ele”, afirma. Um mês e meio após a chegada ao canil, Bruce já estava apto ao trabalho e à nova vida.
O pastor alemão Bob, de 5 anos, também ganhou uma nova chance nas mãos de Cantadeiro. O cão passaria por eutanásia após ter atacado e ferido com gravidade duas pessoas em novembro de 2012. Sem saber do ocorrido, o adestrador entrou em contato com o dono do animal. “A filha dele falou ‘se você der jeito mesmo, conseguir pegar, pode levar esse cão’. Eu fui e em cinco minutos coloquei o cão na carreta. Ele tentou me morder, lógico. Mas eu dei uns trancos na guia e consegui por ele no carro.”
Na casa nova e com as sessões de treinamento, Bob foi reabilitado e ganhou a função de segurança. “Hoje, se você ver esse cachorro comigo, ele parece um doce. Meus funcionários entram, dão comida, tudo tranquilo.”

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Não há milagre
O especialista destaca que não há milagre, mas sim a correção das alterações comportamentais apresentadas pelos cães, que consiste basicamente em hierarquizar a relação que os animais têm com os seres humanos, de modo que o homem consiga exercer a função de liderança. No caso dos cães de aluguel, apenas a equipe do canil desempenha o papel do líder para que o trabalho como segurança não seja comprometido.
“Ele [cachorro agressivo] percebeu que quando morde, consegue o que quer. Aqui ele vai entender que se morder, não consegue. Consequentemente, o animal começa a abaixar e, resumindo, se torna normal de novo, porque o temperamento dele é um temperamento calmo e tranquilo, e a agressividade foi adquirida com o tempo”, explica o adestrador.
No entanto, Cantadeiro alerta que cada caso demanda um modo específico. “Cada cão é um indivíduo, então eu tenho que analisar, perceber, assimilar e aí lidar com o animal daquela forma que eu achar melhor. Tem cão extremamente agressivo que em dois dias está uma mãe”, brinca.

O trabalho para capacitar os cachorros para cuidar dos imóveis dura, em média, seis meses, e as sessões de treinamento são diárias – levam de 10 a 30 minutos. Cantadeiro frisa que não utiliza nenhum tipo de tortura ou violência na recuperação. Mesmo nos casos mais extremos, o único meio de que ele dispõe para se proteger de possíveis investidas é uma guia com enforcador, objeto que tem a função de educar o bicho.
O adestrador também afirma que não é necessário instigar os animais para ensinar-lhes o ofício de segurança. “Eu não treino ataque. Eu faço ele guardar e defender, canalizo o instinto natural dele, que é defesa de território, alimentação e procriação. Por isso que quando um cão chega dentro de uma obra, você precisa ver a felicidade dele. Ele vai fazer o trabalho que faria na natureza e nós damos essa função a ele”, explica.
Segundo Cantareiro, o contrato de serviço de um segurança de quatro patas pode variar de R$ 1,3 mil a R$ 7 mil por mês.
Fera curada
Um dos casos mais emblemáticos entre os seguranças caninos é o do rottweiler Fera. O animal não estava necessariamente no corredor da morte, mas nem por isso deixou de ser salvo de um fim trágico.
De acordo com Cantadeiro, há mais de dois anos, Fera foi recolhido na Avenida Brasil, zona norte de Ribeirão Preto. O treinador conta que passava pela via, tradicional por abrigar diversas lojas de autopeças usadas, quando se deparou com o cachorro magrelo e desambientado, a ponto de os carros terem de desviar para não atropelá-lo.

Atraído por aquela cena, a primeira atitude do adestrador foi chamar o animal com um pouco de ração e, em seguida, procurar por seu dono. “Eu atravessei a via para ver de quem era aquele cachorro e o pessoal de um desmanche falou que eles [os proprietários] tinham comprado outro comércio e o abandonado do jeito que estava”, diz.
O treinador lembra que, ao se informar melhor sobre a situação, tomou conhecimento de que outros cães que estavam no mesmo estabelecimento já tinham morrido, e Fera teve a sorte de conseguir escapar por uma abertura na grade. “Ele pesava aproximadamente 23 quilos e estava literalmente pele, osso e cabeça. Mais uma semana ele morreria de fome e de sede.”
Cantadeiro lembra que abrigou Fera no canil, o castrou e começou um trabalho para ganho de massa com ração balanceada e acompanhamento veterinário. Totalmente recuperado, o cachorro passou por sessões de treinamento e pouco tempo depois também ganhou a função de segurança. “Hoje ele está com aproximadamente 54 quilos e é um cão extremamente forte, inteligente e muito carinhoso comigo. É um cão que dentro de uma obra ninguém entra”, elogia.
O especialista se deu tão bem na recuperação de cães dados como casos perdidos que já recebeu até convites para reeducar crianças. Entretanto, o adestrador diz que não pensou duas vezes antes de recusar. “Eu já tive quatro propostas. Falei que eu já educava as minhas filhas”, brinca.

FONTE: G1