Conheça o cachorro de rua criado em “guarda compartilhada” em academia do bairro Petrópolis

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cao-ruaMagrinho e com a pata machucada, Marley apareceu no cruzamento das ruas Guaporé e Lajeado, no bairro Petrópolis, com cara, ou melhor, focinho de perdido. A cena apertou o coração da empresária Eunice Oliva Willhelm, 50 anos. Ela colocou o vira-lata dentro de sua academia de pilates e, receosa em manter um animal no local trabalho, encarregou a instrutora mais “cachorreira” de arranjar um adotante em um mês, no máximo.

Mas isso foi em junho de 2015. E a julgar pela caminha, pelos brinquedos e pelo rabo que ainda pode ser visto abanando no quintal da academia, não há indícios de que haverá uma despedida para Marley tão cedo.

O plano de doar o cão não foi por água abaixo por falta de gente para adotar, mas, sim, pelo excesso de donos que o Marley ganhou sem sair do lugar. Instrutores, secretárias, alunos, todos começaram a se envolver no cuidado do cão já velhinho — ele aparenta ter 10 anos.

Logo se formou uma espécie de guarda compartilhada do vira-lata. A “mãe”, a fisioterapeuta e instrutora de pilates Silvia Rothfeld, 44 anos, encarrega-se de que nada falte ao pet. A aluna Gicelda Weber Silveira, 60 anos, virou madrinha, e leva o cão para casa nos feriadões. Tem outros clientes que passeiam com ele, arranjam-lhe ração, pagam o banho mensal. E Eunice, que ganhou o posto de madrasta, foi dissuadida da intenção de entregar o cachorro.

— A ideia inicial era de que ele fosse adotado rapidinho, mas ele foi conquistando o espaço dele rapidinho também — ri a empresária.

E olha que o maior argumento a favor da campanha “fica, Marley” não foi dito em palavras:

— Parece que ele te agradece todo o dia pelo olhar — conta.

Marley foi ensinado a não entrar na sala de pilates para não atrapalhar as aulas: ele fica assistindo tudo em uma poltrona colocada na porta dos fundos. Vez que outra lhe dá um rompante de alegria e sai pulando feito louco pelo quintal.

— É só excesso de felicidade — explica Gicelda.

A “dinda” conta que o Marley que chegou quietinho à academia e só fez dormir durante três dias, nem parece o mesmo de hoje. Acredita que ele foi se animando à medida que conhecia o que é carinho e atenção, e destaca o quão positivo seria, para animais e humanos, se o exemplo de Marley servisse de inspiração em outras empresas:

— Adotar um animal traz um ótimo astral: a gente ri, comenta as coisas dele. E tem tantos cachorros que precisam de lar…

FONTE: ZERO HORA

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